01/06/2023
A APM Terminals comprometeu um investimento adicional de € 666 milhões (R$ 3,6 bilhões) nos outros quatro terminais marítimos e terrestres da empresa até 2026. Grande parte desse valor, cerca de € 285 milhões, está alocado na Brasil Terminal Portuário, em Santos.
A empresa, que pretende multiplicar por cinco a capacidade de armazenagem de seus depósitos terrestres de contêineres no Nordeste e Sudeste, priorizará a reforma antecipada de seu terminal no Porto de Santos, Brasil Terminal Portuário (BTP). A BTP é operada em parceria com a Terminal Investment Limited (TIL), subsidiária do grupo MSC).
Extensão da concessão
A APM Terminals está negociando com o governo federal a prorrogação do contrato de concessão, que vence em 2027, por mais 20 anos. Em troca, a empresa modernizaria e duplicaria a atual capacidade de 1,5 milhão de TEUs do terminal, que atualmente está operando perto da capacidade total (92%).
Um investimento inicial de pelo menos € 285 milhões (R$ 1,54 bilhão) até 2026 pode chegar a € 408 milhões (R$ 2,2 bilhões) de forma realista nos próximos cinco anos devido às melhorias em andamento. Além da expansão da BTP, a APM Terminals e a TIL manifestaram interesse conjunto em um novo terminal de contêineres no Porto de Santos, o STS 10, localizado em área adjacente ao terminal existente. O governo, porém, ainda não definiu o futuro do projeto, que está parado para reavaliação.
Sob o governo anterior, a licitação foi objeto de controvérsia, já que outros operadores portuários expressaram preocupação com o domínio da Maersk e da MSC, empresas controladoras da APM Terminals e da TIL, respectivamente. Respondendo a isso, o CEO da APM Terminals, Keith Svendsen, disse que a experiência em outros países mostra que a preocupação é infundada.
Duplicando a capacidade
Com a BTP operando a 92% da capacidade – e uma capacidade de 80% geralmente vista como o máximo para eficiência ideal, Svendsen declarou: “Nosso foco principal é aumentar a capacidade e a modernização. Agora é urgente a necessidade de investimentos no Porto de Santos, tanto para garantir o aprofundamento do canal de acesso — que permitirá a entrada de navios novos, maiores e mais eficientes — quanto para ampliar a capacidade do complexo portuário, que está perto do limite”.
Metas de emissão zero
Quaisquer investimentos no terminal também serão uma oportunidade de posicionar o terminal de forma única com movimentação de contêineres de baixa ou zero emissão, algo que está sendo cada vez mais exigido pelos clientes. Os terminais APM se comprometeram com emissões líquidas zero de efeito estufa até 2040 e uma redução de 70% nas emissões absolutas (totais) como um marco intermediário para o período 2020-2030 para seus terminais controlados comercialmente. Isso envolverá investimento na eletrificação de equipamentos, compra ou geração de energia renovável e otimização.
Em 2018, a APM Terminals investiu fortemente em seu Way of Working (WoW), baseado nos princípios Lean. Essa mentalidade de eficiência levou, entre outras coisas, a economia de custos e redução do tempo no porto para as embarcações. A APM Terminals está a caminho de reduzir a redução média de permanência no porto em 20% em 2023 em comparação com 2021 e alcançar uma redução de 30% até 2025 em todo o mundo.
Fonte: Portos e Navios